O presidente Lula (PT) sinalizou a aliados a intenção de destravar as conversas sobre a reforma ministerial, incluindo os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na rodada de negociações. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a mídia nacional, Motta e Alcolumbre já foram informados que serão chamados para reuniões com o presidente, e as conversas com os partidos devem se estender até a próxima semana. O presidente do Senado também viajará nesta quinta-feira (13) ao Amapá com Lula, a convite do petista.
Segundo o cronograma do presidente, as mudanças na Esplanada devem começar pelas pastas ocupadas por petistas ou ministros de sua cota pessoal.
Entre os nomes cotados para substituições está a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Para seu lugar, aparecem como possíveis substitutos Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, e Arthur Chioro, presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Chioro, médico sanitarista, já foi ministro da Saúde no governo Dilma, entre 2014 e 2015, e esteve cotado para o ministério ainda na transição do governo Lula em 2022, quando coordenou o grupo de trabalho da saúde.
A articulação ministerial acontece em um momento de desgaste do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pelo Bolsa Família. Sua posição já era considerada frágil por interlocutores, e na última semana ele contrariou o governo ao afirmar que estava sendo discutida a possibilidade de reajuste no valor do Bolsa Família.
A reforma ministerial pode definir novos rumos para o governo, fortalecendo alianças políticas e redesenhando o cenário da Esplanada dos Ministérios nos próximos meses.