Uma decisão da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, tornada pública nesta quarta-feira (10), aponta a existência de um suposto esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro que pode ter movimentado bilhões de reais. A apuração tem como foco principal a PIX STAR BRASILIAN N.V., holding com sede em Curaçao e controladora da casa de apostas Pixbet.
A investigação, batizada de “Câmbio Oculto”, revela que a cidade paraibana era o centro de operações de um sistema que usava plataformas de apostas online para enviar dinheiro ilegalmente para paraísos fiscais, como Curaçao.
Segundo a Justiça, a empresa é suspeita de usar sua plataforma para disfarçar o envio de dinheiro para o exterior, burlando o sistema oficial de câmbio brasileiro.
A investigação também destaca uma transação suspeita envolvendo o clube de futebol Corinthians. O processo mostra que a PIX STAR repassou R$ 5,2 milhões ao clube como patrocínio, mas o Corinthians devolveu R$ 15,3 milhões após a rescisão do contrato.
Para os investigadores, essa diferença de valores pode ser uma manobra para “integrar o montante remetido ilegalmente ao exterior na economia brasileira”. O esquema também envolveria a plataforma BRASFICHAS, usada por mais de 60 mil pessoas para converter reais em dólares fora do sistema cambial regular para apostas no exterior. O processo corre em segredo de Justiça.
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