Especialistas alertam que a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas ou comercializadas ilegalmente pode ocorrer não apenas por contaminação deliberada, mas também por falhas técnicas durante o processo de fabricação.
De acordo com esses profissionais, no caso de destilados (como cachaças e aguardentes), impurezas naturais presentes na fermentação precisam ser rigorosamente controladas. Se a destilação não for bem realizada — por temperatura inadequada, refluxo mal calibrado ou equipamentos de baixa qualidade —, pequenas quantidades de metanol podem permanecer no produto final, oferecendo risco sério à saúde.
O metanol é metabolizado pelo organismo em compostos tóxicos como formaldeído e ácido fórmico, que atacam o sistema nervoso central e o nervo óptico. Por isso, consumir qualquer quantidade dessa substância é perigoso. Os sintomas mais comuns de intoxicação incluem náuseas, vômitos, dores abdominais, alterações visuais e confusão mental — e podem se manifestar entre algumas horas a um dia após a ingestão.
Os especialistas reforçam que não basta apenas coar ou filtrar a bebida: os processos industriais exigem controle rigoroso de temperatura, destilação fracionada e análise laboratorial para garantir que não haja resíduo de metanol. Eles recomendam que produtores adotem:
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Monitoramento frequente de qualidade e pureza nos lotes
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Uso de equipamentos modernos e manutenção adequada
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Análises laboratoriais regulares para verificar metanol e outras impurezas
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Uso de boas práticas de fabricação e capacitação técnica
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