Erro ou crime proposital: como metanol chega nas bebidas alcoólicas?

Redação
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Erro ou crime proposital: como metanol chega nas bebidas alcoólicas?

Especialistas alertam que a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas ou comercializadas ilegalmente pode ocorrer não apenas por contaminação deliberada, mas também por falhas técnicas durante o processo de fabricação.

De acordo com esses profissionais, no caso de destilados (como cachaças e aguardentes), impurezas naturais presentes na fermentação precisam ser rigorosamente controladas. Se a destilação não for bem realizada — por temperatura inadequada, refluxo mal calibrado ou equipamentos de baixa qualidade —, pequenas quantidades de metanol podem permanecer no produto final, oferecendo risco sério à saúde.

O metanol é metabolizado pelo organismo em compostos tóxicos como formaldeído e ácido fórmico, que atacam o sistema nervoso central e o nervo óptico. Por isso, consumir qualquer quantidade dessa substância é perigoso. Os sintomas mais comuns de intoxicação incluem náuseas, vômitos, dores abdominais, alterações visuais e confusão mental — e podem se manifestar entre algumas horas a um dia após a ingestão.

Os especialistas reforçam que não basta apenas coar ou filtrar a bebida: os processos industriais exigem controle rigoroso de temperatura, destilação fracionada e análise laboratorial para garantir que não haja resíduo de metanol. Eles recomendam que produtores adotem:

  • Monitoramento frequente de qualidade e pureza nos lotes

  • Uso de equipamentos modernos e manutenção adequada

  • Análises laboratoriais regulares para verificar metanol e outras impurezas

  • Uso de boas práticas de fabricação e capacitação técnica

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