O Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) instaurou um inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade administrativa envolvendo o prefeito de Caaporã, Chico Nazário, seu vice, Carlos Monteiro, e o consultor financeiro e atual secretário de Articulação Política Sandro Trajano de Freitas.
A investigação foi aberta após a divulgação de uma reportagem do Jornal da Paraíba, em 16 de setembro de 2025, que exibe um vídeo no qual o prefeito aparece recebendo uma bolsa com aproximadamente R$ 400 mil em dinheiro vivo. De acordo com a notícia, o valor teria sido destinado ao financiamento da campanha eleitoral de 2024, em um suposto acordo ilícito com Sandro Trajano.
Em contrapartida, de acordo com as investigações, Sandro Trajano – então consultor – teria indicado a empresa HAC Serviços Ambientais LTDA para assumir o serviço de coleta de lixo no município. Após assumir o cargo, o prefeito rescindiu o contrato anterior e firmou, por dispensa de licitação, um novo acordo com a HAC no valor de R$ 3,2 milhões.
A promotoria de Justiça de Caaporã, Érika Bueno Muzzi, destacou que os fatos “demonstram reais indícios de prática de atos de improbidade administrativa”. O inquérito tem como objetivo apurar a legalidade da contratação, a relação entre o pagamento em espécie e a indicação da empresa, e a responsabilidade de cada um dos envolvidos.
Entre as medidas determinadas estão a requisição de toda a documentação referente ao contrato com a HAC, a notificação do prefeito, do secretário Sandro Trajano e da empresa, além do pedido de informações ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Todos os notificados terão prazo de 10 dias para prestar esclarecimentos.
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