A polêmica em torno da redução no preço da gasolina ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (22). Após os vereadores Guguinha Moov Jampa (PSD) e Jailma Carvalho (PSB) cobrarem da CPI dos Combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa uma fiscalização sobre o repasse dos descontos anunciados pela Petrobras, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis da Paraíba (Sindipetro-PB) divulgou uma nota explicando por que a diminuição ainda não foi sentida nas bombas.
Segundo o sindicato, o corte de R$ 0,14 por litro anunciado pela estatal ainda não foi integralmente repassado pelas distribuidoras aos postos. Proprietários de revendas relataram que a redução efetiva no preço de compra tem variado entre R$ 0,03 e R$ 0,04 por litro, ou seja, bem abaixo do esperado.
O Sindipetro argumenta que o valor divulgado pelo governo não considera os custos operacionais da cadeia de distribuição e revenda, o que acaba diminuindo o impacto final para o motorista. Na prática, segundo a entidade, a redução real praticada pelas distribuidoras varia entre R$ 0,09 e R$ 0,10, dependendo da fornecedora.
Enquanto os vereadores defendem maior transparência e fiscalização no setor, o sindicato afirma que continuará monitorando o comportamento do mercado e reforça o compromisso com a “verdade dos fatos”.
A nota, porém, também evidencia um ponto recorrente no debate sobre combustíveis: quando o preço sobe, o aumento chega rápido às bombas — mas quando cai, o desconto demora a aparecer.
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