Justiça suspende júri de vereador em Santa Rita após denúncia de ameaças

Redação
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Justiça suspende júri de vereador em Santa Rita após denúncia de ameaças

O desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), determinou a suspensão do júri popular do vereador de Santa Rita, Wagner Lucindo de Souza, conhecido como Wagner de Bebé (PSD), réu no caso de tentativa de homicídio contra Eziel Felipe de Araújo, ocorrida em 2016.

O julgamento estava agendado para 12 de novembro, na Comarca de Santa Rita, mas foi adiado após o magistrado acolher parcialmente um pedido de desaforamento (transferência de uma comarca para outra) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que destacou o risco à segurança e à imparcialidade dos jurados.

De acordo com o Ministério Público, desde o crime, a vítima e seus familiares têm sido alvo de ameaças e coações.

“Os relatos, de forma convergente, indicam que o acusado chegou a expulsar a vítima e seus pais de casa, ameaçando-os de morte caso comparecessem ao julgamento. Em uma das comunicações, moradores afirmam, em desespero, que “o vereador e seus capangas mataram um rapaz dentro de casa, e todos têm medo de depor”, o que denota a atmosfera de pânico social reinante na localidade”, afirma o Ministério Público.

A decisão de suspender o júri popular também levou em consideração informações de outro processo, no qual Wagner de Bebé é investigado pelo homicídio de Luiz Felipe Martins da Silva, ocorrido recentemente, em 13 de outubro de 2025.

O magistrado concluiu que a posição política do réu amplia sua influência sobre a comunidade e o corpo de jurados, exercendo um “poder difuso de coerção simbólica”. A Corte ainda vai decidir para qual comarca o caso será transferido.

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