O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (17) a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo, abrindo caminho para a indicação de Gustavo Feliciano, filho do deputado federal paraibano Damião Feliciano (União Brasil), para comandar a pasta.
A informação foi confirmada por fontes do governo Lula ao jornalista Valdo Cruz, da GloboNews e do G1, após o encerramento da reunião ministerial e, posteriormente, ratificada pelo senador Efraim Filho (União Brasil-PB), líder do partido no Senado.
A indicação partiu do União Brasil, legenda que havia indicado Sabino e que pediu oficialmente o cargo de volta após a expulsão do ex-ministro.
Gustavo Feliciano teve o nome avalizado pelo presidente nacional do partido, Antônio de Rueda, mesmo após o dirigente ter anunciado, recentemente, o desembarque da sigla da base do governo. A escolha também foi negociada com a ala governista do União Brasil e com a articulação política do Palácio do Planalto.
Peso político e aceno ao eleitorado evangélico
Filho do deputado Damião Feliciano, um dos coordenadores da bancada evangélica e da bancada negra na Câmara dos Deputados, Gustavo Feliciano surge como um nome de consenso dentro do partido. Nos bastidores, a indicação é vista como mais um gesto do presidente Lula em direção ao eleitorado evangélico, segmento estratégico para o governo.
A movimentação reforça a tentativa do Planalto de manter diálogo com setores conservadores do Congresso, mesmo diante das oscilações na relação com o União Brasil, que possui uma das maiores bancadas da Câmara.
Saída de Sabino e cenário eleitoral
Celso Sabino foi expulso do União Brasil no fim do mês após a cúpula da legenda entender que o então ministro cometeu infidelidade partidária ao permanecer no cargo, contrariando uma orientação formal do partido. Após a expulsão, o União solicitou oficialmente ao governo a devolução da pasta.
Segundo auxiliares de Lula, o acordo para a saída de Sabino foi fechado após negociação direta entre o partido e a ala política do Planalto. O ex-ministro deve deixar o governo para disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições do próximo ano.
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