O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou, em entrevista nesta quinta-feira (21), que as ameaças de sanções dos Estados Unidos, feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), não irão influenciar sua atuação na Casa.
O alerta de Eduardo, que está nos EUA, era para que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pautassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na última sexta-feira (15), Motta enviou quatro pedidos de cassação de Eduardo ao Conselho de Ética, acatando denúncias do PT e PSOL por quebra de decoro parlamentar.
“Nós temos dito que o deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como todo e qualquer deputado, obedecendo ao regimento da casa. Nem haverá privilégio, nem também haverá o interesse de prejudicar. Nós temos que saber separar as coisas, porque o papel do presidente da casa é agir com muita imparcialidade. Nós temos que ter a condição de conduzir com muito equilíbrio para que a Câmara possa estar focada naquilo que realmente interessa, que são os problemas do nosso país”, destacou Motta.
A Polícia Federal também indiciou Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro por coação a autoridades responsáveis pela ação penal do golpe de Estado. Em suas redes sociais, Eduardo negou que sua atuação nos EUA tenha o objetivo de interferir em processos no Brasil, e disse que sua meta é restabelecer as “liberdades individuais” através da via legislativa.
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