Cenário Político na Paraíba para 2026 e o papel de Deusdete Queiroga

A oposição ao governo estadual pode tentar explorar possíveis divisões na base governista, enquanto os partidos aliados precisarão se unir em torno de um candidato viável para dar continuidade ao projeto de Azevêdo.

Redação

A entrevista do secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos da Paraíba, Deusdete Queiroga, à Rádio Correio 98 FM, traz à tona as articulações que começam a moldar o cenário político para as eleições de 2026 no estado. A possibilidade de uma candidatura ao governo e a posição estratégica de Queiroga como um dos favoritos do governador João Azevêdo refletem a complexidade das negociações políticas e partidárias que marcarão o pleito.

Pontos mais importantes:

  1. A sucessão ao governo estadual
    Deusdete Queiroga surge como um dos principais nomes para suceder João Azevêdo no governo da Paraíba. Essa preferência demonstra a confiança do governador em Queiroga e aponta para uma tentativa de continuidade das políticas públicas e do modelo de gestão atual.
  2. Renúncia de João Azevêdo para o Senado
    A provável candidatura de Azevêdo ao Senado em 2026 cria um cenário que exige reorganização dentro do PSB. Essa decisão, embora estratégica para consolidar a força do partido no estado, pode fragmentar o apoio político, caso os interesses de outros aliados não sejam harmonizados.
  3. Dificuldades de chapa majoritária dentro do PSB
    Queiroga menciona a dificuldade de uma mesma legenda apresentar dois nomes de peso, como candidato ao governo e ao Senado, na mesma disputa. Essa realidade aponta para a necessidade de articulações que envolvam mudanças partidárias ou coligações, algo que poderá redesenhar o mapa político da Paraíba.
  4. Possível mudança de partido
    A admissão de Queiroga sobre a possibilidade de trocar de partido para integrar uma chapa majoritária evidencia o pragmatismo político necessário em situações como essa. Ele busca equilibrar sua lealdade a João Azevêdo com a viabilidade política de sua própria candidatura.
  5. Impactos na base aliada
    O desdobramento dessas decisões afetará diretamente a base aliada do governo, que precisará escolher entre fortalecer o PSB ou abrir espaço para outras legendas, como parte de uma coalizão. Isso pode impactar não apenas a eleição majoritária, mas também as composições proporcionais para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados.

Análise política e projeção para 2026

Com João Azevêdo possivelmente deixando o governo para disputar uma vaga no Senado, o PSB enfrenta o desafio de manter sua hegemonia política no estado. Deusdete Queiroga é um nome técnico e de grande relevância administrativa, mas sua transição para um papel político majoritário dependerá de negociações bem-sucedidas com outros partidos e lideranças locais.

A fala de Queiroga sobre a improbabilidade de integrar uma chapa com João Azevêdo também reflete uma realidade comum em eleições estaduais: a dificuldade de concentrar força política em uma única legenda sem abrir espaço para alianças amplas. Sua possível migração para outro partido poderia atender às exigências de coligações, mas isso também significaria um enfraquecimento do PSB, que perderia uma figura-chave.

Além disso, a antecipação desse debate evidencia que 2026 será um ano de intensa movimentação política na Paraíba. A oposição ao governo estadual pode tentar explorar possíveis divisões na base governista, enquanto os partidos aliados precisarão se unir em torno de um candidato viável para dar continuidade ao projeto de Azevêdo.

Conclusão

A entrevista de Deusdete Queiroga abre um debate crucial sobre o futuro político da Paraíba. A sucessão de João Azevêdo, combinada com o provável fortalecimento da oposição e as necessidades de alianças dentro da base governista, colocará o PSB e seus aliados em uma posição desafiadora. A habilidade de coordenar interesses diversos e construir uma chapa competitiva será decisiva para o sucesso nas eleições de 2026.

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